A maioria das pessoas e empresas falam com muita frequência sobre diversidade e inclusão, mas será mesmo que sabem o conceito desses termos? Pois é, o mercado de trabalho está cada vez mais buscando a Inclusão LGBTQIA+ nas empresas mas, infelizmente, essa classe ainda luta por respeito e mesmas oportunidades.
No entanto, você deve estar se perguntando, mas já não existem muitas conquistas? Pois bem, as pessoas LGBTQIA+ realmente conquistaram alguns avanços, como por exemplo:
- determinação pelo STF que diz que a discriminação por orientação sexual é um crime;
- reconhecimento da união homoafetiva como uma entidade familiar;
- a transexualidade não ser mais caracterizada como distúrbio mental.
Entretanto, quando voltamos para o âmbito profissional, as conquistas são mínimas, ainda há muito o que lutar.
Por exemplo, um estudo feito pela rede profissional LinkedIn, mostra dados que 35% dos entrevistados LGBTQIA+ já sofreu algum tipo de preconceito ou discriminação no ambiente corporativo.
Nesse sentido, as piadas e comentários homofóbicos são os campeões quando o assunto é discriminação.
Por isso, não há possibilidade de dizer que o problema não existe e que se aprofundar pela história, desafios e necessidades da comunidade LGBTQIA+ não são importantes.
Sendo assim, neste artigo você vai entender um pouco mais sobre a Inclusão LGBTQIA+ e como promover a diversidade na sua empresa. Continue a leitura para entender melhor.
O conceito de Inclusão LGBTQIA+
Antes de mais nada, é extremamente relevante observar os benefícios de uma empresa inclusiva. Nesse sentido, uma das classes que mais ganharam visibilidade nos últimos anos foi a comunidade LGBTQIA+.
Afinal, qual é o real conceito da diversidade e inclusão LGBTQIA+ nas empresas?
Um estudo realizado e divulgado pela TeamAbles mostrou alguns dados que as empresas inclusivas desfrutam de muitos benefícios e muitas estatísticas que comprovam essas vantagens de uma organização inclusiva.
- 67% dos candidatos querem ingressar em uma equipe diversificada;
- 57% dos funcionários querem priorizar D&I (diversidade & inclusão);
- As empresas inclusivas desfrutam de um fluxo de caixa 2,3x maior;
- Empresas diversas têm 35% mais chances de superar as homogêneas;
- 1,7x mais chances de ser líder em inovação no seu mercado;
- 70% mais chances de conquistar novos mercados.
Como dito anteriormente, a comunidade LGBTQIA+ ganhou visibilidade nos últimos anos e pela primeira vez, o IBGE publicou dados sobre homossexuais e bissexuais no Brasil.
No caso, para um espaço inclusivo, é importante entender os níveis de inclusão e em qual escala a sua empresa se encontra na atual realidade, entenda!
- Inclusão: quando a empresa possui adaptações para acolher as diferentes características e trajetórias dos indivíduos, permitindo um desenvolvimento pleno para todos.
- Integração: nesse sentido, os profissionais precisam ser adaptáveis às mudanças da organização. Mas, elas podem conviver no mesmo ambiente de trabalho, com respeito.
- Segregação: refere-se a um distanciamento forçado ou inconsciente por parte dos colegas que se intitulam como “normais”.
- Exclusão: onde as empresas limitam os colaboradores minorizados, podendo ser na entrada da empresa, na permanência ou até mesmo no desenvolvimento profissional.
O Movimento LGBTQIA+
Antes de mais nada, é muito importante entender a história do movimento LGBTQIA+ no Brasil.
Em primeiro lugar, o movimento LGBTQIA+ no Brasil teve o seu desenvolvimento a partir da década de 70, em meio a ditadura civil-militar, nos anos de 1964 até 1985.
Nesse sentido, as publicações alternativas foram essenciais para que o movimento LGBTQIA+ ganhasse mais visibilidade. Dessa forma, pelos acontecimentos, as organizações trabalham até hoje com a conscientização para atuar em reparos históricos.
Com isso, vários grupos regionais se reuniram e foi assim que surgiu a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos (ABGLT).
Além disso, a associação é reconhecida também por promover ações que asseguram a atual comunidade LGBTQIA+, garantindo que não haja:
- discriminação;
- coerção e violência;
- entre outros, por motivos da orientação sexual e identidade de gênero.
A Sigla
A princípio, a sigla GLS (Gays, Lésbicas e Simpatizantes) sempre foi muito simples para tudo que a comunidade abrange. Por isso, a ABGLT e a ONU oficializaram o nome da comunidade para LGBTQIA+.
Entretanto, dentro da comunidade existe uma série de variações para representar o movimento, sendo elas:
- LGBT;
- LGBTT;
- LGBTQ+;
- e, sendo a mais atual, LGBTPQIA+.
Nesse sentido, a sigla LGBTPQIA+ significa Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais, Pansexuais, Queer, Intersexos e Assexuais. Ainda assim, atualmente, a sigla mais utilizada é a LGBTQIA+.
Sai a Desinformação, entra o Respeito!
Você sabe qual é a diferença entre sexo, identidade de gênero e orientação sexual? Pois bem, muitas pessoas ainda possuem um entendimento equivocado sobre esses termos. Mas, nós estamos aqui para ajudar você.
Sexo: trata-se do indivíduo ser masculino, feminino ou interssexo, ou seja, a genitália.
Identidade de Gênero: a forma como a pessoa se enxerga, podendo ser: homem, mulher, ambos ou neutro.
Orientação sexual: nesse sentido é por quem sentimos atração, ou seja, qual é a sexualidade de cada indivíduo: gay, lésbica, homossexual, bissexual, entre outros.
Contextualizando o Dia do Orgulho LGBTQIA+ nas empresas
O Dia do Orgulho LGBTQIA+ é celebrado em 28 de Junho, mas, ao contrário do que muitas pessoas pensam, não é um dia de festa, mas um dia de lutas, um dia de luto (verbo), um dia de representar e clamar por diversos direitos que ainda são negados.
Nesse sentido, cada país possui um contexto histórico diferente e, por isso, vamos focar no nosso Brasil. Veja algumas pautas:
- Criminalização da homo-lesbo-bi-transfobia;
- Fim da criminalização da homossexualidade (e consequentemente das punições previstas pelas leis que criminalizam a prática);
- Reconhecimento da identidade de gênero (que inclui a questão do nome social);
- Despatologização das identidades trans;
- Fim da “cura gay”;
- Casamento civil igualitário;
- Permissão de adoção para casais homoafetivos;
- Laicidade do Estado e o fim da influência da religião na política;
- Leis e políticas públicas que garantam o fim da discriminação em lugares públicos;
- Fim da estereotipação da comunidade LGBT na mídia.
Agora que você já conseguiu entender as especificidades, contexto e um pouco sobre a luta, vamos partir para a Inclusão LGBTQIA+ nas empresas.
O cenário da Inclusão LGBTQIA+ no Brasil
Sem dúvida, limitar qualquer grupo a ter acesso às mesmas oportunidades no mercado de trabalho é negar os seus direitos essenciais de participar de uma sociedade com um cidadão.
No entanto, infelizmente, é assim que a Inclusão LGBTQIA+ nas empresas é tratada ao analisar os números.
Por exemplo, estima-se que mais de 18 milhões de pessoas são LGBTQIAP no Brasil, mas, levando em consideração a uma pesquisa realizada pela Santa Caos em 14 estados brasileiros, 34% das empresas limitam a contratação de pessoas LGBTQIA+ nas empresas.
Além disso, no mesmo estudo, outros dados são levantados como:
- 40% dos entrevistados já sofreram discriminação por orientação sexual no trabalho;
- 13% disseram ter passado por uma dificuldade para ingressar no mercado de trabalho por sua orientação sexual;
- 47% dos entrevistados declaram sua orientação sexual no trabalho.
Contudo, outra pesquisa feita pelo Center Talent for Innovation (traduzimos para você), diz que 61% dos profissionais escondem sua orientação sexual dos gestores e colegas de trabalho.
De fato, as pessoas transexuais possuem mais dificuldades, porque nem sempre querem aceitar no mercado de trabalho. Um estudo realizado pela Antra (Associção Nacional de Travestis e Transexuais, 90% da população trans no Brasil, tem a prostituição como fonte de renda principal.
A Inclusão LGBTQIA+ nas empresas
Em primeiro lugar, o Instituto ETHOS fez uma investigação muito importante referente ao perfil social, racial e de gênero das 500 maiores organizações do Brasil.
Nesse sentido, no estudo foram encontrados dados que reforçam a gravidade da situação da comunidade LGBTQIA+ nas empresas nacionais.
Entretanto, embora essas empresas entrevistadas dizem sobre as ações voltadas para Diversidade & Inclusão, apenas 19% afirmaram que estão desenvolvendo alguma política de inclusão voltado para a comunidade LGBTQIA+, visando as mesmas oportunidades entre os funcionários.
Além disso, uma das menores proporções estatísticas observadas nesta análise, foi que apenas 8,5% das empresas entrevistadas tem algum objetivo para tentar eliminar as barreiras e preconceitos no momento de contratação de pessoas LGBTQIA+.
Os desafios para a Inclusão LGBTQIA+ nas empresas
À primeira vista, para a comunidade LGBTQIA+ todos os âmbitos da vida são desafios diários e, com o cenário do mercado de trabalho, ainda não é diferente.
Dessa forma, o ponto principal não é só conseguir um emprego, mas é uma luta constante por respeito, por conforto e acolhimento no ambiente corporativo. Mas, para contextualizar melhor esses desafios, vamos por parte!
Com isso, separamos os principais desafios enfrentados pela comunidade LGBTQIA+ nas empresas.
Dificuldades para conseguir um emprego
De fato, “conseguir emprego” é um dos grandes desafios para este grupo, ou seja, tão pouco conseguem ingressar no mercado de trabalho, quem dirá permanecer.
No entanto, um estudo realizado pela Elancers (empresa de recrutamento e seleção), revelou, há alguns anos, dados muito relevantes e bem tristes.
Nesse sentido, eles revelaram que 20% das empresas brasileiras não contratam pessoas da comunidade LGBTQIA+, justamente pela identidade de gênero e orientação sexual.
Além disso, não parando por aí, 11% das empresas disseram que contratariam apenas se ocupassem um cargo menor.
Precisamos dizer mais alguma coisa? Acreditamos que não! O preconceito é escancarado todos os dias, em todas as esferas da vida.
Ademais, muitas empresas que pregam a inclusão, o respeito e a diversidade, ao menos tem algum profissional da comunidade na sua empresa.
Dificuldades para assumir cargos superiores
Pois bem, como dissemos anteriormente, algumas empresas em uma pesquisa já disseram não contratar pessoas LGBTQIA+ em cargos superiores, mas, não existe apenas uma pesquisa comprovando este absurdo.
Uma pesquisa realizada pela maior rede de profissionais LinkedIn, divulgou que apenas 13% das pessoas LGBTQIA+ afirmaram ter conseguido um cargo na diretoria ou mais elevado.
Além disso, no mesmo estudo e na mesma época, apenas 15% dos entrevistados tinham tido a oportunidade de estar em um cargo de gestão ou coordenação.
Ou seja, é possível observar claramente nesses dados a discrepância de oportunidades para as pessoas LGBTQIA+ dentro das organizações.
Preconceito velado ou direto
Para não generalizar, a maioria das pessoas LGBTQIA+ já foram alvos pelo menos uma vez de piadas e comentários desnecessários no ambiente de trabalho ou em qualquer lugar.
Dessa forma, não afeta apenas a saúde mental e a autoestima, mas também o olhar de pertencimento ao ambiente corporativo, perdendo até mesmo a motivação e felicidade.
Com isso, é muito comum que essas pessoas não tenham alguém para se identificar, compartilhar a sua identidade e se acabam se sentindo sozinhas.
Além disso, esses fatores podem resultar em ansiedade e depressão que afetam a vida pessoal e profissional.
A Desinformação
De fato, as pessoas gostam de se aproximar daquilo que sentem uma identificação, pois o que é diferente, é estranho. Infelizmente, a maioria das pessoas possuem esse pensamento e acabam caindo em julgamento e estereótipos estruturados pela sociedade.
No entanto, o preconceito no mercado de trabalho abrange diversos grupos, mas o LGBTQIA+ é um dos principais tabus e muitas pessoas e empresas ainda não conseguem falar abertamente sobre o assunto.
Com isso, o preconceito ainda é mascarado ou até mesmo descarado e os pensamentos cada vez mais equivocados. Hoje em dia, temos acesso à informação de muitas formas, pois o avanço da tecnologia nos dá essa oportunidade.
Por isso, a busca pela informação, pelo conhecimento deve ser constante para tirar essas ideias cristalizadas.
Necessidade de se encaixar nas normas sociais
Sem dúvida, um dos principais desafios é que a comunidade LGBTQIA+ precisa muitas vezes camuflar sua identidade para ingressar no mercado de trabalho, para se encaixar nos “padrões” da sociedade.
No entanto, algumas empresas até proíbem os colaboradores minorizados de se vestirem ou falarem de certa maneira.
Com isso, esses fatores podem ser muito prejudiciais, causando uma exaustão nos funcionários e impactando diretamente na saúde mental.
Falta de apoio aos colaboradores LGBTQIA+
De fato, não podemos generalizar, mas a grande maioria das empresas ainda não sabe como dar o apoio necessário aos colaboradores LGBTQIA+.
Por exemplo, quando um colaborador do grupo LGBTQIA+ sofre preconceito por conta de outro colega de trabalho e a empresa simplesmente resolve mudar o profissional de setor, está errado!
Afinal, isso não é resolver o problema, você só está levando um profissional a fazer o mesmo em todos os setores que ele passar, o indivíduo não muda.
Ou seja, é extremamente necessário ter medidas mais duras que realmente mostrem que as empresas não toleram a discriminação no ambiente de trabalho.
As consequências para a Saúde Mental de não ter a Inclusão LGBTQIA+ nas empresas
De acordo com o Ministério da Saúde, a discriminação e o preconceito contra a orientação sexual é um dos fatores que mais causam o adoecimento mental, podendo levar os indivíduos a terem:
- transtornos de ansiedade;
- depressão;
- suicídio.
Afinal, além de agressões verbais diariamente, muitos profissionais sofrem até mesmo agressões físicas.
Além disso, para complementar e completar o que se diz respeito sobre a saúde mental da comunidade LGBTQIA+, podemos citar outros fatores como:
- estresse;
- dificuldade de autoaceitação;
- preconceitos dentro da própria família.
Por isso, quando falamos sobre a comunidade LGBTQIA+ no mercado de trabalho, não estamos falando apenas da vida profissional, mas o quanto esses preconceitos impactam na vida pessoal dos indivíduos.
As conquistas da Comunidade LGBTQIA+ no Brasil
De fato, existem algumas conquistas da comunidade LGBTQIA+ que, inclusive, também impulsionam ainda mais a Inclusão LGBTQIA+ nas empresas.
Por isso, iremos colocar as principais conquistas através de uma linha do tempo e, caso você queira ter mais informações sobre a contextualização de cada uma delas, explore a sua experiência aqui.
- (1979) Primeiro Encontro Brasileiro de Homossexuais;
- (1979) Primeiro Encontro Brasileiro de Homossexuais;
- (1983) Luta pela visibilidade lésbica;
- (1985) Despatologização da homossexualidade e luta contra AIDS;
- (1992) Fundação da Associação de Travestis e Liberados (Astral);
- (1997) Primeira parada do orgulho LGBT;
- (1999) Proibição da “cura gay”;
- (2002) Redesignação sexual;
- (2011) União estável entre pessoas do mesmo sexo;
- (2018) Transgêneros podem alterar o seu registro civil em cartório;
- (2019) Criminalização da homofobia;
- (2020) Liberação para doação de sangue.
O papel das empresas na Inclusão LGBTQIA+ no mercado de trabalho
Sem dúvida, todas as empresas deveriam assumir seu papel e trabalhar a inclusão no ambiente corporativo, mas, sabemos que na prática ainda não funciona desta forma.
Ou seja, não basta falar sobre o assunto uma vez ao ano para se dizer uma empresa inclusiva e que respeita a diversidade, sendo que o resto do ano este assunto é esquecido.
Então, as empresas precisam ter mais “pulso firme” sobre esse e tantos outros assuntos que precisam se posicionar. Por isso, separamos algumas ações que as empresas podem executar em prol da inclusão e diversidade. Veja só:
Cultura organizacional relacionada a diversidade e Inclusão LGBTQIA+ nas empresas
De fato, quando falamos sobre a diversidade e inclusão LGBTQIA+ é necessário que estes assuntos já estejam implementados na cultura organizacional da empresa.
Ou seja, é fundamental que todos os membros e colaboradores da empresa reconheçam que que o seu local de trabalho levanta a bandeira de alguma forma.
Como dissemos anteriormente, essas ações pontuais anualmente não trazem nenhum resultado ou benefício para a empresa, por isso, é importante revisar a cultura organizacional.
Além disso, para que toda ação seja eficiente, a diversidade e inclusão devem estar enraizadas na empresa.
Processo seletivo ás cegas
A princípio, infelizmente, nem sempre o inconsciente dos responsáveis por recrutamento e seleção permitem que o processo seja feito da mesma forma para todos os candidatos, independente do grupo social.
Com isso, para garantir que o processo de recrutamento e seleção seja igual para todos os candidatos, muitas empresas estão adotando uma nova forma de fazer o processo seletivo.
Então, no caso, informações como idade, gênero e raça são ocultadas no momento da seleção para que os recrutadores não tenham pensamentos cristalizados equivocados e estruturados.
Dessa forma, apenas os atributos e competências são levados em consideração para preencher o cargo e função.
Informação e diálogo constante com os funcionários
De fato, o assunto LGBTQIA+ não deve ser tratado como um tabu, ou seja, as empresas devem incentivar o diálogo aberto sobre a comunidade.
Por exemplo, as empresas podem desenvolver palestras sobre o tema, para derrubar preconceitos e estereótipos que ainda fazem parte do cotidiano de muitas pessoas.
Além disso, é possível convidar profissionais para abordar o assunto com palestras informativas ou para contar histórias sobre sua experiência de vida.
Ações para incentivar a diversidade
Sem dúvida, apenas falar não é o melhor caminho a ser traçado, mas sim agir. Por isso, é sempre importante pensar em ações estratégicas, por exemplo, criar ações para o mês do Orgulho LGBTQIA+.
Com isso, é muito importante que as empresas se posicionem e criem ações durante o mês de Junho. Mas, como dissemos anteriormente, as ações não podem ser apenas pontuais, esse assunto deve ser falado com constância.
Além disso, não só de campanhas internas a empresa pode se sustentar, mas também é importante fazer campanhas para o público externo, como por exemplo, ações estratégicas em redes sociais e outros canais de comunicação.
Apoio psicológico
Em primeiro lugar, toda empresa deveria se preocupar com a psicologia organizacional, disponibilizando um profissional com o objetivo de cuidar da saúde mental dos colaboradores.
Mas, quando falamos sobre uma classe minorizada, como a LGBTQIA+, sabemos que o impacto psicológico é bem maior. Então, quando ocorre uma discriminação no ambiente corporativo, é importante que a empresa tome alguma atitude.
A princípio, oferecer suporte psicológico no ambiente laboral é uma iniciativa muito importante para a comunidade LGBTQIA+, porém, é importante que a empresa incentive seus colaboradores a falar sobre esse e diversos assuntos de forma aberta.
Portanto, um dos benefícios corporativos que podem ser oferecidos aos colaboradores é a psicoterapia.
O que não fazer em relação à Inclusão LGBTQIA+ nas empresas?
- Jamais faça um pré julgamento ou suposições sobre a orientação sexual ou identidade de gênero dos seus amigos;
- Não faça recriminação sobre a escolha de estilos (roupas, cabelo, adereços, etc.);
- Não pergunte se a pessoa é “homem ou mulher”;
- Por fim, não reproduze falas como:
“Ela é muito bonita pra ser lésbica”
“É gay? Nossa, nem parece…”
“Eu não tenho preconceito, tenho até amigos gays”
“Quem é o homem ou mulher da relação?”
“O que eu vou explicar para os meus filhos?”
“Cirurgia de mudança de sexo”
“Isso é coisa de mulherzinha”
“Homossexualismo”
“É muito mimimi”
“Opção sexual”
“Traveco”
“GLS”
O que fazer em relação à Inclusão LGBTQIA+ nas empresas?
- Utilize termos oficiais e aceitos pela comunidade, como: orientação sexual, homossexualidade, LGBTI+ ou similar, e cirurgia de afirmação de gênero;
- Procure, em caso de dúvidas, utilizar linguagem neutra ou perguntar como a pessoa gostaria de ser chamada e por qual pronome;
- Busque ativamente o público que você deseja para promover diversidade e, se preciso, contrate empresas especializadas;
- Por fim, entenda todo o contexto social para atrair e selecionar de forma responsável alguns grupos identitários, como a população trans.
Exemplos de empresas que atuam em prol da Inclusão LGBTQIA+ e da diversidade
Por fim, veja agora alguns exemplos de empresas que já assumiram o seu papel e estão trabalhando ações que visam promover a igualdade para o público LGBTQIA+ no mercado de trabalho:
Natura
Antes de mais nada, muitas pessoas não sabem, mas a Natura já está há 15 anos fazendo ações, oferecendo benefícios de saúde a casais LGBTQIA+, como por exemplo:
- licenças parentais estendidas;
- maternidade de 6 meses e paternidade de 40 dias;
- berçário sem custo para pais e mães independente do gênero ou orientação sexual.
Além disso, a empresa também garante que o colaborador use o seu nome social e todas as questões de identidade de gênero e orientação sexual fazem parte do levantamento que faz parte do Índice de Desenvolvimento Humano.
Ademais, a Natura em conjunto com a Casa 1, oferece cursos de maquiagem para pessoas trans, patrocinado pela Natura Faces.
Por fim, a diversidade e inclusão estão enraizadas na cultura da empresa, pois no código de conduta da organização existe a valorização da diversidade da equipe, repudiando qualquer tipo de discriminação, preconceito e assédio.
Portanto, em caso de descumprimento, o acontecimento poderá ser relatado para a Linha Ética da Natura, disponível 24 horas para colaboradores, prestadores de serviços e parceiros.
Ambev
A princípio, a Ambev criou o grupo Larger (Lesbian & Gay & Everyone Respected — Lésbica, & gay & todos respeitados, em tradução livre) em 2016.
Dessa forma, o grupo discute as melhores práticas para o bem-estar e inclusão LGBTQIA+ nas empresas.
Além disso, ainda em 2016, a Ambev adotou o Fórum de Empresas e Direitos LGBTQIA+. Então, foi através da marca Skol, patrocinadora oficial da 20ª edição da Parada do Orgulho de São Paulo.
Ademais, a marca lançou ainda a campanha “Respeito is ON” para celebrar o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+.
Contudo, em 2018, a Ambev se tornou apoiadora das cinco normas de conduta da ONU para empresas que suportam direitos LGBTQIA+.
Por fim, mas não menos importante, em 2019, a organização promoveu um “tuitaço do bem”, que doou R$ 1 a cada post com a hashtag #OrgulhoDaMinhaHistória a duas ONGs LGBTs:
- Casa 1 e Casinha, que receberam, no total, R$ 100.000,00.
Nubank
À primeira vista, essa organização que conta com mais de 26% dos colaboradores sendo da comunidade LGBTQIA+, está sempre realizando ações voltadas para este grupo.
Por exemplo, o mais recente, em 2021, criou a campanha “Cheios de Orgulho” e lançou uma edição limitada de porta-cartão e cadernos com as cores de algumas bandeiras LGBTQIA+, que foram vendidos na loja virtual da empresa.
Além disso, todo o lucro das vendas foi convertido para projetos sociais ou organizações sem fins lucrativos, sendo a TODXS uma das parceiras beneficiadas.
Porque a QR POINT pode contribuir com o seu RH?
Em primeiro lugar, se a sua empresa gosta de modernizar e entrar nas novas tendências do mercado, a QR POINT é a solução para a sua organização. Afinal, eles possuem o melhor sistema de controle de ponto alternativo, com funcionalidades completas para sanar todos os seus problemas.
Além disso, o sistema possui um bom custo-benefício e garante muita segurança para todos os profissionais. Ademais, os colaboradores podem registrar o ponto apenas usando um dispositivo móvel, como por exemplo, tablets ou celulares.
Em conclusão, o sistema de controle de ponto alternativo possui um armazenamento em nuvem, ou seja, os dados ficam armazenados com 100% de confiança, o que é muito importante para os casos de processos trabalhistas.