O Setembro amarelo é uma campanha muito importante com o objetivo de informar a todos sobre o suicídio e a importância de previni-lo, já com a aparição dos primeiros indícios. Normalmente, esta é uma prática motivada pela depressão, mas, até chegar nesse ponto, existem vários fatores a serem considerados.
De fato, esse assunto ainda é um tabu no Brasil e no mundo, mas os números não param de crescer e esse assunto precisa ter a sua barreira quebrada urgentemente. Segundo a OMS, um suicídio ocorre a cada 40 segundos no mundo.
Além disso, o suicídio é a segunda causa de morte mais comum entre jovens de 15 a 29 anos e isso independe de gênero, etnia, classe social ou qualquer outra categoria.
Ademais, estamos falando sobre dados mundiais, mas e no Brasil, o quanto as pessoas se importam com a campanha do Setembro Amarelo e o quanto elas promovem estratégias para prevenir que tantas pessoas sejam afetadas por suícidio?
Para entender mais sobre esse assunto, continue a leitura, pois nós iremos contar tudo sobre a importância do Setembro Amarelo. Dê uma olhada no que você verá ao longo do artigo:
- Como começou o Setembro Amarelo?
- Qual é o objetivo do Setembro Amarelo?
- Qual é a importância do Setembro Amarelo?
- Dados significativos relacionados ao Setembro Amarelo
- Como identificar se uma pessoa precisa de ajuda ou está correndo risco ao suicídio?
- Quais são os sintomas que levam uma pessoa ao suicídio?
- Qual é a culpa por traz do suicídio?
- Como ajudar e o que não fazer nestes casos em prol do Setembro Amarelo?
- O que não fazer?
- Recursos do Setembro Amarelo, comunidades e centros de apoio.
Como começou o Setembro Amarelo no Brasil?
A princípio, o Setembro Amarelo começou no ano de 2015, iniciado pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).
Nesse sentido, as primeiras estratégias e ações começaram a ser realizadas na capital do nosso país, Brasília. A partir disso, outras regiões começaram a aderir campanhas para a prevenção ao suicídio.
O Setembro Amarelo, por sua vez, é comemorado durante o mês de setembro, como o próprio nome já diz. No entanto, a Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio (IASP), estimula as divulgações da causa todo dia 10 de setembro.
Afinal, dia 10 de setembro é celebrado o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, data criada em 2003, pela Associação Internacional para Prevenção do Suicídio e Organização Mundial da Saúde.
Além disso, o objetivo desta data é que os países e seus governos criem ações para prevenir o suicídio.
Qual é o objetivo do Setembro Amarelo?
Em primeiro lugar, o principal objetivo do setembro amarelo é conscientizar a população sobre a prevenção ao suicídio, levando em conta todos os dados e informações significativas do Brasil e do mundo.
Dessa forma, geralmente as estratégias adotadas são por meios de ações que contém conversas e diálogos, para que possam falar sobre o tema. Infelizmente, o suicídio ainda não é visto como um problema de saúde pública, mas é!
Para quem ainda não está contextualizado, o suicídio é o ato de tirar a própria vida e essa prática pode ser gerada e motivada por alguns fatores e comportamentos, como por exemplo:
- depressão;
- pensamentos suicidas;
- planos e tentativas de morte;
- entre tantos outros transtornos relacionados a este problema.
Ou seja, suicídio não é frescura e também não é fraqueza. Por isso, essas ações são realizadas, para sensibilizar não só a população, mas também os profissionais que lidam com a saúde mental para tratar sobre esse tema tão importante.
Qual é a importância do Setembro Amarelo?
De fato, o suicídio pode estar presente na vida de qualquer pessoa, seja por transtornos psicológicos, problemas no trabalho, ou problemas da vida, por isso, é muito importante tratar sobre este assunto.
Como dissemos anteriormente, segundo a OMS a cada 40 segundos uma pessoa tira a sua própria vida e, se formos parar e pensar, são mais de 800 mil pessoas cometendo suicídio por ano.
O Centro de Valorização da Vida (CVV), relatou que a maioria das pessoas que tentam ou tiram a própria vida possuem um transtorno mental, como por exemplo, esquizofrenia, dependência química, transtorno de bipolaridade e depressão.
No entanto, não podemos afirmar que as pessoas só cometem suicídio por ter um transtorno, pois outros fatores podem levar uma pessoa a tirar a própria vida:
- términos de relacionamentos;
- pessoas com muitas dívidas;
- pessoas que sofrem algum tipo de discriminação;
- insatisfação com o emprego e com a vida;
- entre outros.
Ou seja, são muitos fatores e situações impactantes que qualquer pessoa pode viver ou passar, sendo rico ou pobre, sendo LGBTQIA+ ou hétero, sendo homem ou mulher, entende?
Com isso, quando conseguimos entender que o suicídio pode afetar qualquer pessoa a nossa volta, conseguimos compreender não só a importância do Setembro Amarelo, mas também a importância de quebrar barreirar a falar mesmo sobre o assunto.
Além disso, conhecendo os sintomas, as causas e possíveis formas de acontecer, o suicídio pode ser evitado.
A campanha Setembro Amarelo salva vidas e você pode salvá-las também!
Dados significativos relacionados ao Setembro Amarelo
Como dissemos anteriormente, nós só conseguimos entender a importância do setembro amarelo, quando descobrimos que o suicídio pode afetar quem a gente ama e quem está perto de nós.
Portanto, nada melhor do que colocar alguns fatos para que você entenda ainda mais como essa campanha precisa ser feita para prevenir que pessoas continuem tirando suas vidas de formas tão cruéis e repentinas.
A seguir, veja o que dizem esses dados:
- Em primeiro lugar, um dado que já foi muito bem explicado por aqui, uma pesquisa da OMS em 2019 diz que a cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio.
- Na mesma pesquisa, é possível entender que a segunda causa de morte mais comum nos jovens de 15 a 29 anos é o suicídio.
- De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 32 pessoas se suicidam por dia no Brasil, o que significa que o suicídio mata mais brasileiros do que doenças como a AIDS e o câncer.
- De acordo com o psiquiatra Humberto Muller, de Rondônia, no Brasil, uma morte por suicídio acontece a cada 45 minutos. Além disso, para cada morte, são 20 tentativas.
- Segundo dados do DataSUS, o suicídio no Brasil teve um aumento de 35% entre 2011 e 2020. Em 2020, foram registrados 12.895 suicídios, entre os todos os estados, cinco ficaram em destaques, sendo eles:
- São Paulo;
- Minas Gerais;
- Rio Grande do Sul;
- Santa Catarina;
- Paraná.
Em 2021 foi dado um relatório onde houve um aumento de 0,4%. Mas, lembrando que estamos falando sobre vidas, então qualquer porcentagem é muito significativa.
- Por outro lado, a Fio Cruz divulgou alguns dados do Ministério da Saúde, onde houve um excesso de 40% de suicídio devido o Covid-19.
- Este ano, 2022, o Distrito Federal já disponibilizou dados de que existe uma média de que 14 pessoas, por dia, tentam tirar sua própria vida.
- Segundo a Pesquisa Vigitel de 2021, 11,3% dos brasileiros afirmam ter diagnóstico de depressão, principalmente as mulheres com 14,7%, enquanto os homens com 7,3%.
- De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil tem o maior índice de pessoas com transtorno de ansiedade no mundo.
Como identificar se uma pessoa precisa de ajuda ou está correndo risco ao suicídio?
A princípio, as pessoas que sofrem de depressão, de algum transtorno e estão prestes a cometer um suicídio podem demonstrar alguns comportamentos, entenda:
- Podem apresentar comportamento retraído, dificuldades para se relacionar com família e amigos;
- ter diagnósticos de doenças psiquiátricas como: transtornos mentais, transtornos de humor (depressão, bipolaridade), transtornos de comportamento pelo uso de substâncias psicoativas (álcool e drogas), transtornos de personalidade, esquizofrenia e ansiedade generalizada;
- demonstrar irritabilidade, pessimismo ou apatia;
- sofrer mudanças nos hábitos alimentares ou de sono.
- não ter amor próprio, apresentar sentimento de culpa, sentir-se sem valor ou com vergonha por algo;
- ter um desejo súbito de concluir afazeres pessoais, organizar documentos, escrever um testamento;
- apresentar sentimentos de solidão, impotência e desesperança;
- escrever cartas de despedida;
- falar repentinamente sobre morte ou suicídio;
- apresentar um convívio social conturbado;
- ter doenças físicas crônicas, limitantes e dolorosas, doenças orgânicas incapacitantes como dores, lesões, epilepsia, câncer ou AIDS;
- Por fim, apresentar personalidade impulsiva, agressiva ou humor instável.
Qual é a culpa por traz do suicídio?
Se você conhece alguém que está com depressão, sem vontade de viver, sem amor próprio ou se você é esta pessoa, é necessário buscar ajuda o mais rápido possível.
Sem dúvida, uma das maneiras mais eficazes é buscar ajuda médica ou psicológica. Normalmente, o suicídio é uma forma em que a pessoa acha que vai se sentir aliviada de principalmente:
- sentirem-se envergonhadas, culpadas ou por se acharem um peso para os demais;
- sentirem-se vítimas;
- sentimentos de rejeição, perda ou solidão.
Por isso, é muito importante ter sempre alguém para recorrer, para não fazer parte dessa estatística tão triste.
Quais são os sintomas que levam uma pessoa ao suicídio?
As pessoas que cometem suicídio ou que possuem certos comportamentos que levam a esta prática precisam muito de ajuda, certo? Identificar os sintomas desde cedo, pode ser uma ótima alternativa para salvar vidas, veja quais são:
- depressão ou transtorno bipolar;
- morte de uma pessoa querida;
- trauma emocional;
- desemprego ou problemas financeiros, como por exemplo, endividamento;
- algum membro da família que cometeu suicídio;
- histórico de negligência ou abuso na infância
- não aceitação do envelhecimento;
- término de relacionamentos;
- Dificuldade para aceitar a orientação sexual ou identidade de gênero;
- Por fim, a dependência de drogas ou álcool.
Além disso, algumas falas perante a esses comportamentos, são:
- “Vou desaparecer”;
- “Vou deixar vocês em paz”;
- “Eu sou um perdedor e um peso para os outros”;
- “Eu preferia estar morto”.
Como ajudar e o que não fazer nestes casos em prol do Setembro Amarelo?
Sem dúvida, algumas ações e estratégias são fundamentais para ajudar alguém que está passando por um momento difícil na vida, veja só:
- ouvir, demonstrar empatia e ficar calmo;
- ser afetuoso e dar o apoio necessário;
- levar a situação a sério e verificar o grau de risco;
- perguntar sobre tentativas de suicídio ou pensamentos anteriores;
- explorar outras saídas para além do suicídio, identificando outras formas de apoio emocional;
- conversar com a família e amigos imediatamente;
- remover os meios para o suicídio em casos de grande risco;
- contar a outras pessoas, conseguir ajuda;
- permanecer ao lado da pessoa com o transtorno;
- procurar entender os sentimentos da pessoa sem diminuir a importância deles;
- aceitar a queixa da pessoa e ter respeito por seu sofrimento;
- e claro, demonstrar preocupação e cuidado constante.
O que não fazer?
Antes de mais nada, é verdade que devemos saber sempre como ajudar e o que fazer nessas ocasiões, certo? Sim! Mas, o que não fazer também é muito interessante, para que não alimente ainda mais os sentimentos na pessoa que precisa de ajuda.
Entenda o que você não deve saber:
- Ignorar uma situação de uma pessoa com pensamentos suicidas;
- Demonstrar pânico, ficar em choque ou ficar envergonhado por algum comportamento;
- Também não diminua a dor da pessoa dizendo que “tudo vai ficar bem”, sem ao menos fazer com que isso aconteça;
- Não faça com que o problema se pareça uma bobagem;
- Pare de fazer promessas que você não pode cumprir;
- Não julgue as pessoas por seus atos;
- Por fim, Não deixe essas pessoas sozinhas em nenhum momento.
Ou seja, o que você pode fazer é procurar ajuda!
Os Recursos do Setembro Amarelo!
Sem dúvida, os primeiros recursos e centros de apoio que pessoas com comportamentos suicidas podem ter são:
- família;
- amigos e colegas;
- unidades de saúde: CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), Unidades de Saúde da Família, clínicas, consultórios psicológicos, urgências psiquiátricas.
- profissionais de saúde: médicos, psicólogos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem e agentes de saúde.
- centros de apoio emocional: CVV (Centro de Valorização da Vida), ligue para o 188.
- grupos de apoio.
Se você está precisando de ajuda, não exite em pedir! Você não está sozinho!
Por que o RH deve falar sobre o Setembro Amarelo?
Em primeiro lugar, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) o suicídio é resultado de alguns fatores de risco, como por exemplo:
- genética e distúrbios psicológicos
- sociais e culturais, que podem ser combinados com experiências traumáticas ou de perda.
No entanto, esse problema pode ser evitado com a informação e a conscientização, ou seja, as pessoas ao seu redor precisam conhecer os fatores de riscos e comportamentos suicidas.
Nesse sentido, é importante reforçar que todas as ações devem ser constantes e não usá-las apenas no mês de setembro. Dessa forma, o RH pode promover algumas formas de conscientizar os colaboradores sobre esse tema que é tão importante.
Por exemplo, fazer programações com foco na saúde mental, falar sobre o assunto abertamente, criar ações para diminuir o estresse e ansiedade dos profissionais, realizar treinamentos com o auxílio de profissionais da saúde e oferecer todo o suporte e apoio aos colaboradores.
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O que você perdeu?
Saúde mental e a sua importância na vida das pessoas!
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a saúde mental é:
“Um estado de bem-estar em que o indivíduo percebe suas próprias habilidades, pode lidar com as tensões normais da vida, pode trabalhar de forma produtiva e frutífera e é capaz dar uma contribuição para sua comunidade”.
Desse modo, o termo é utilizado para descrever o nível que está a qualidade de vida do indivíduo, tanto emocional quanto cognitiva. Ou seja, é a capacidade que todos nós temos de apreciar a vida e equilibrar os nossos sentimentos para atingir uma resiliência psicológica.
É muito comum que as pessoas associem esse termo com doenças mentais, mas a verdade é que o conceito de saúde mental é muito mais abrangente. Desse modo, as pessoas mentalmente saudáveis conseguem compreender que nada é perfeito e que todos têm limites estabelecidos.
Uma pessoa com a saúde mental estável, por exemplo, é capaz de lidar cotidianamente com suas emoções, sejam elas alegria, amor, satisfação ou tristeza, frustração e raiva. Além disso, enfrentar os desafios diários e levar a vida com equilíbrio é muito natural.
Portanto, podemos dizer que a saúde mental está muito mais relacionada a forma como uma pessoas reage às exigências da vida e como lida com os seus desejos, ambições e capacidades.
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